Portal da Cidade Tucurui

Tucuruí
76 anos

História de Tucuruí - PA

Tucuruí, cidade que reluz Exportando mais energia para o Pará e parte do Brasil, consolidando sua posição como polo de uma região em crescente desenvolvimento, o município de Tucuruí, sudeste do Pará, cresce cada vez mais e reluz com a energia de um povo trabalhador, hospitaleiro, alegre e festivo. Desde sua emancipação, em 31 de dezembro de 197, em mais de meio século de desenvolvimento, Tucuruí cresceu extraordinariamente em função do rio, que trouxe a prosperidade para a região com a construção da usina hidrelétrica.

A 480 quilômetros da capital, o município cuja infraestrutura e história recente se confundem com a construção da maior hidrelétrica, cresce e se firma com uma economia sólida e que tem em uma formação sociocultural diversificada – graças à migração de trabalhadores de todas as regiões do país, a vontade de construir um município cada vez melhor para se viver.

Tucuruí é um município brasileiro do estado do Pará. É conhecido por abrigar a maior usina hidrelétrica totalmente brasileira e a quarta do mundo: a Usina Hidrelétrica Tucuruí, construída e operada desde 22 de novembro de 1984 pela Eletronorte. É a mais antiga localidade ainda existente no sudeste do Pará (região do Carajás), sendo fundada como colônia militar portuguesa em 1779. Segundo estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2018 o município possuía 112.148 habitantes e 2.086 km² de área.

Nesses dois momentos distintos, antes e depois do funcionamento da usina, não foi apenas a configuração geográfica do município que mudou. A base econômica, a formação da população e as perspectivas acompanharam essa transformação radical, fazendo de Tucuruí, hoje, um polo de geração de energia com capacidade para explorar, de forma racional, as belezas naturais enriquecidas pelo lago artificial.

Crescimento e força de vontade

A infraestrutura também teve um salto qualitativo nos últimos anos. Represa, Eclusas, duplicação de rodovia, escadarias, a construção da orla do cais – mais antigamente, e mais recentemente o asfaltamento de inúmeras ruas e avenidas, a transformação da cidade em núcleo universitário, a construção de modernas escolas no campo e na cidade, creches, o bosque municipal, a implantação da primeira unidade regional do SAMU 192 e também da UPA 24h, sendo referência em saúde na Região do Lago, que congrega sete municípios.

Conquistas que aparecem como referência da força e da vontade que tem o tucuruiense de se aprimorar e melhorar sempre. O município de Tucuruí chega à maturidade com muito que comemorar como a economia solidificada e em franco crescimento, bom nível cultural, povo humilde, prestativo, apaixonado e festivo. Tudo isso fazem de Tucuruí uma das melhores cidades, na região Sudeste do Pará, para se viver.

Povo feliz e ordeiro

O tucuruiense não tem sotaque definido (o tucuruiense fala, e fala diferente graças aos sotaques importados da Bahia, Goiás, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Maranhão, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul) e é visto em todo o estado do Pará como um povo responsável, alegre e hospitaleiro. Fruto da miscigenação do nativo com os que para aqui vieram ajudar na construção de um grande município.

Dono de um povo trabalhador e ordeiro, o município que carrega a herança indígena como referência e alusão cultural – Tucuruí em Tupi quer dizer “Rio dos Gafanhotos” ou “Rio das Formigas”, passou por dezenas de transformações, mas nenhuma tão radical quanto a construção da hidrelétrica, que ajudou o município a dar um salto astronômico na qualidade de vida da população e na economia.

Polo de geração de energia, o município que deixou de ser extensão de Baião para ser a “capital da energia” no estado do Pará, ganhou status de referência econômica e sociocultural na região formada pelos rios Tocantins e Araguaia. A velha vila portuária, que sobreviveu por muitos anos da extração da Castanha do Pará e da Estrada de Ferro Tocantins cresceu e hoje tem uma das populações mais miscigenadas e hospitaleiras do Estado.

População que vive em uma cidade que tem um relevo todo diferenciado da maioria das cidades da região, com muitas ondulações e ladeiras e um clima tropical superúmido com temperatura beirando os 33 graus centígrados durante boa parte do ano.

Com a construção das duas fases da usina hidrelétrica, brasileiros de todas as partes do país se fixaram no município e ajudaram a compor sua população e a alavancar o desenvolvimento do município. São empresários e operários que se estruturaram, vivem e investem em uma economia diversificada.

Desenvolvido e com uma economia ainda aquecida graças a grandes obras como a usina hidrelétrica, Tucuruí dá passos firmes rumo ao futuro apoiado no desenvolvimento socioeconômico e cultural adquiridos nos últimos anos, de olho no futuro que pode trazer um salto qualitativo na vida dos cidadãos.

Nossa história

Segundo escreveu o historiador Theodoro Braga, a região do atual município Tucuruí, em suas raízes era habitada por povos indígenas das tribos dos Assurinis, Parakanãs e Gaviões. Essas tribos com hábitos nômades diferenciavam-se por seus troncos étnicos e linguísticos. Mas sua história começa a ser escrita ainda no século XVII, quando em 1625 o frei Cristóvão de Lisboa chegou à região pretendendo fazer contato com os índios.

Os primeiros fatos históricos e registros da cidade, no entanto, datam apenas de 1781, quando o governador e capitão-general – José de Nápoles Telles de Menezes – pela localização estratégica às margens do Rio Tocantins, fundou a Vila de Pederneiras. A fundação realmente se efetivou com a construção em 1782 do forte de Fachina, denominado Nossa Senhora de Nazaré, criando o registro de Alcobaça com duplo caráter – o militar e o fiscal sobre a navegação do Rio Tocantins e o contrabando de ouro vindo de Goiás e Mato Grosso.

Em 31 de Outubro de 1870, o governador do Pará – Abel Graça, através da Lei nº 661 criou a freguesia de São Pedro de Pederneiras no lugar da Via de Pederneiras, integrada ao município de Baião, então o principal núcleo populoso desse trecho do Tocantins. Em 19 de Abril de 1875, portanto cinco (5) anos mais tarde, o governador do Pará - Francisco Maria Correia de Sá e Benevides, através da Lei nº 839/1875, muda a freguesia de São Pedro de Pederneiras de localidade passando para onde hoje é a cidade de Tucuruí na margem esquerda do Rio Tocantins, e muda também a sua denominação para São Pedro de Alcobaça.

Pelo Decreto 9.405 de 21/03/1885 foi dada à concessão a José Negreiros de Almeida Sobrinho para construir uma estrada de ferro entre Alcobaça (hoje Tucuruí), no Pará, e Boa Vista no Estado do Goiás. Dezenove (19) anos depois, em 1894, instalou-se em São Pedro de Alcobaça a Companhia de Navegação Férrea Fluvial/Araguaia - Tocantins, com objetivo de construir a Estrada Ferro Tocantins ligando São Pedro de Alcobaça até a Praia da Rainha no município de Itupiranga a 175 km de distância, vencendo o trecho de corredeiras do Rio Tocantins melhorando assim o intercâmbio com o estado de Goiás.

Dez anos mais tarde, no mês de Setembro de 1895, inicia-se a construção da estrada de ferro e inúmeras pessoas deslocam-se para a região em busca de trabalho, principalmente nordestinos, mocajubenses e cametaenses, este fato contribuiu em muito para o repovoamento do local.

Os trabalhadores na obra da construção da Estrada Ferro Tocantins enfrentaram grandes dificuldades com a malária que vitimou grande numero de trabalhadores, prejudicando o andamento das obras, que além desse fato também encontram obstáculos em relação aos desníveis e a grande quantidade de igarapés que atrapalharam a execução do projeto.

Os índios da região, desde os primeiros momentos da execução das obras da estrada de ferro não causaram problemas, posto que muitos deles já estavam pacificados. O projeto da construção da estrada de ferro acompanhava as sinuosidades do Rio Tocantins devido ao receio dos engenheiros adentrarem na floresta.

Talvez este o motivo do fracasso do projeto, que somente no ano de 1946 recebeu sua primeira locomotiva, portanto 51 anos do inicio da construção (1895 – 1946), e após cerca de 24 anos, na década de 1970 a ferrovia interrompeu sua operação.

A memória da Estrada de Ferro Tocantins não foi devidamente preservada, a construção original do prédio da administração (Escritório) da Rodovia de Ferro Tocantins, hoje funciona o Clube Ferroviário na Rua Siqueira Campos. O prédio da Estação virou mercado, hoje Rua Santo Antônio, e a única locomotiva que restou encontra-se em frente ao Centro Cultural da Eletronorte, na Vila Permanente.

Em Dezembro de 1943, no governador do Pará Joaquim Magalhães Cardoso Barata, em plena segunda guerra mundial (1939 a 1945), através do Decreto nº 4.505/1943 muda a denominação da Vila São Pedro de Alcobaça para a denominação de “Tucuruí”, que segundo a língua indígena tupi-guarani significa Rio de Formigas, embora alguns estudiosos denominem Tucuruí, como “Gafanhotos verdes”.

Quatro anos mais tarde, em 31 de dezembro de 1947, através da Lei nº. 62, Art. 36, o território de Tucuruí é desmembrado de Baião e é elevado a categoria de município. No ano seguinte, em 13 de maio de 1948 é realizada a primeira eleição municipal, onde foram eleitos: como Prefeito - Alexandre José Francês, e como vice-prefeito Nicolau Zumero.

Nessa época a base econômica da cidade era a extração da castanha-do-pará e o comércio de madeira, tornando o local um movimentado entreposto comercial na região do Araguaia-Tocantins. Em março de 1980 ocorre uma das maiores cheias no Rio Tocantins, superando a mais conhecida, de 1926.

A cidade de Tucuruí e a usina a ser construída 7 km a montante se localizam no baixo Tocantins, na cota 19 metros em relação ao nível do mar.

Cidade querida, cheia de encanto, luz e calor

Tucuruí exporta energia para o Pará e parte do Brasil consolidando sua posição como polo de uma região em crescente desenvolvimento e iniciando a exploração massiva do turismo e da piscicultura na região do lago.

Além da economia, o município tem se consolidado como um dos principais destinos dos turistas que aportam no Pará durante todo o ano, situação que aumenta durante o mês de julho.

Grandiosa, a visão logo na chegada de uma das maiores usinas hidrelétricas do mundo se mostra integrada a paisagem das mais de 1600 ilhas que forma o gigantesco lago da barragem de Tucuruí e que muitos consideram um mar de água doce.

Com uma culinária regional saborosa e um povo ordeiro e festivo a cidade se transforma em um convite interessante para os veranistas que desejam seguir novos rumos nas férias. A cidade é famosa por abrigar a usina hidrelétrica Tucuruí, construída e operada pela Eletronorte.