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NOVELA

Manifestantes voltam a bloquear os acessos à Vila Permanente

Portaria do Km 11 já foi desocupada pela Polícia Militar. Portaria principal da Vila Permanente, permanece bloqueada por tempo indeterminado.

Publicado em 10/08/2021 às 00:42

Manifestantes seguem mobilizados e afirmam que não irão parar com os protestos, até serem recebidos pela Eletronorte (Foto: Carina Sampaio)

As portarias principal e do Km11, que dão acesso à Vila Residencial da Eletronorte, foram fechadas hoje pela manhã (10) com tambores, faixas, pedaços de tábuas e blocos de concreto por moradores. O bloqueio é para que os veículos e funcionários da Equatorial Energia não façam a instalação dos medidores de energia elétrica nas casas.

Na segunda-feira (9) os trabalhos de instalação dos medidores foram iniciados e os funcionários da concessionária tiveram de ser escoltados pela Polícia Militar. Os manifestantes exigem que a Eletronorte definida a situação de regularização das casas antes do início das cobranças de energia pela concessionária, que tem amparo legal em uma decisão judicial para a execução dos serviços.


Portaria do Km11 foi fechada hoje pela manhã em mais um protesto contra a Eletronorte e Equatorial Energia


A portaria do Km 11 estava sendo liberada a cada meia hora, porém, a Polícia Militar foi até o local para cumprir a ordem judicial, expedida pelo juiz Thiago Escórcio, em favor da Equatorial Energia.

Após negociações, a entrada foi liberada para a entrada dos caminhões da empresa que foram barrados.

Os moradores afirmam que a taxa de energia já estava embutida no valor da locação dos imóveis. Agora, com o início da cobrança pelo consumo registrado em medidores, eles dizem que as despesas devem aumentar consideravelmente.


Polícia Militar esteve no local para cumprir ordem judicial


Aline Pozzebon, presidente da Associação dos Moradores da Vila Permanente – ASMOVIPE, declarou que o protesto é pacífico e por isso decidiram acatar a ordem judicial, evitando que a polícia precisasse utilizar da força.

Segundo Aline, os moradores vão continuar com as manifestações. “O fato de acatarmos a ordem judicial de forma pacífica não significa que aceitamos”, destacou ela.

Os protestos estão acontecendo desde o final do mês de Julho, mas o que teria desencadeado as manifestações de hoje, foi o fato de os caminhões da empresa estarem sendo escoltados por viaturas da polícia militar enquanto realizavam os trabalhos na Vila.

Os moradores questionam que uma empresa privada deveria contratar uma escolta particular, e não utilizar a força policial.

Uma reunião foi marcada para a próxima quinta-feira (12) com a diretoria da Eletronorte e a ASMOVIPE, onde serão discutidos pontos importantes acerca da regularização das casas, que é o principal objetivo dos moradores.

Na semana passada, a Eletronorte emitiu nota, informando que está cumprindo determinação judicial quanto à cobrança de energia, e suspendeu, temporariamente, o processo de contratação de imobiliária para administrar os imóveis, até a conclusão dos estudos em curso sobre a gestão da vila.

Carina Sampaio / Denis Aragão

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