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NOVELA

Moradores da Vila protestam e cobram audiência pública

Lideranças foram para a frente da sede da Eletronorte, em Tucuruí, exigir audiência pública para tratar sobre cobrança de energia e regularização das casas

Publicado em 29/07/2021 às 01:29
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Alissy Pozzebom, presidente da ASMOVIPE, diz que audiência pública é de extrema importância para que haja consenso (Foto: Carina Sampaio)

Depois de uma audiência pública ocorrida na quarta-feira (28), os moradores da Vila Residencial da Eletronorte, fizeram uma manifestação hoje pela manhã (29) em frente à sede da Administração de Vilas. Pacífica, eles exigiram uma audiência pública junto aos representantes da empresa para tratar sobre suspensão da cobrança de energia elétrica, que passará a ser feita pela Equatorial Energia, e quanto a regularização das casas, problema que se arrasta há anos e que tomou contornos dramáticos por conta da previsão de privatização do Grupo Eletrobras.

Conforme Edilene Silva, vice-presidente da Associação dos Moradores da Vila Permanente - ASMOVIPE, falou sobre o objetivo da manifestação que é que a cobrança de energia seja feita após a regularização e venda das casas. “Não queremos ficar sem pagar energia, como muitos questionam, mas é preciso resolver com urgência algo que já se arrasta há anos”, explica.

A Eletronorte não recebeu a comissão de moradores nem se manifestou ainda quanto aos problemas apontados pela Associação.

Aline Pozzebom, presidente da ASMOVIPE, ressalta que uma audiência pública é de extrema importância para que haja consenso. “A Eletronorte até o momento não parou para conversar com os moradores.

Na opinião dela, os moradores merecem mais respeito já que são eles quem mantém as casas de pé. Um exemplo são as Vilas Temporárias 1 e 2, que por estarem inabitadas foram ao chão. “Se as casas aqui da Vila estão inteiras até hoje é graças ao morador que cuida e a maioria está há 20, 30 anos na mesma casa”.

Ela reclama que a Equatorial e a Eletronorte lançaram o calendário sem resolver o principal problema da Vila, que é a regularização e venda das casas. “Queremos uma audiência pública, para que a voz do morador seja ouvida”, enfatiza Aline.

Uma reunião está agendada para ocorrer em 5 de agosto, em Belém, com o superintendente Flávio Augusto da Secretaria do Patrimônio da União (SPU), onde estarão presentes a representantes da ASMOVIPE e políticos do município.

Novela

Não é de hoje que o assunto sobre a regularização das casas da Vila Residencial da Eletronorte é tema de discussões entre moradores e a diretoria da empresa.

A Vila residencial foi construída inicialmente, para alojar os funcionários que trabalharam na construção da UHE Tucuruí, mas hoje a maior parte dos moradores é de pessoas sem vínculo com a Eletronorte ou outra empresa prestadora de serviços.

Cerca de 12 mil pessoas moram na Vila Residencial, subdivida nas Vilas Permanente, Vila Marabá, Vila Tropical e Península.

O questionamento da Associação dos Moradores da Vila Permanente (ASMOVIPE) é que com a privatização da estatal, é necessário que haja a regularização dos imóveis, dando prioridade aos moradores que nelas já residem.

A Eletronorte sinaliza que as vendas ocorrerão por meio de leilão, seguindo a legislação. Contudo, a associação acredita que dessa forma, as chances de os moradores comprarem suas residências é muito baixa.

Carina Sampaio / Denis Aragão

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