Na manhã dessa segunda-feira (02), moradores da Vila Residencial da Eletronorte bloquearam a principal avenida, próximo ao Hospital Regional de Tucuruí, para protestar. Os manifestantes cobram da empresa uma resposta sobre a realização de audiência pública para tratar sobre a regularização e venda das casas.
Aline Pozzebom, presidente da Associação de Moradores da Vila Permanente – ASMOVIPE, disse que precisa haver transparência e que as empresas envolvidas precisam respeitar os moradores. “A Equatorial e a Eletronorte estão agindo de má fé, dizendo que os moradores foram notificados através de cartas, se negando a fazer uma audiência pública. Não sinalizando assim com boa vontade em resolver a situação de forma justa. Enquanto nada for feito por parte das empresas, especialmente da Eletronorte, que tem uma responsabilidade social enorme com Tucuruí, não iremos descansar”, declara.
Um caminhão da empresa Equatorial Energia foi barrado pelos manifestantes
Representantes da Associações de Mulheres, Igreja Católica e vereadores, se posicionaram durante o protesto.
O presidente da Câmara, Titonho, também manifestou apoio aos moradores. “O posicionamento da Câmara é sempre a favor do povo. Nesse caso, sabemos que eles estão com a razão! Sabemos que existem pessoas que estão aqui há mais de 30 anos e têm a preferência em permanecer com seu imóvel. O que estiver em nosso alcance para encontrar uma resolução que seja favorável a essas pessoas, vamos fazer”, declarou o vereador.
Manifestantes cobram da empresa uma resposta sobre a realização de audiência pública
Um caminhão da empresa Equatorial Energia foi barrado pelos manifestantes que fizeram um bloqueio com carros, motos e faixas.
O questionamento dos moradores é que a tarifa de energia seja cobrada somente após a regularização e venda das casas.
Representante da Equatorial afirmou que a empresa fez um comunicado aos moradores através de cartas entregues nas casas. Os moradores, porém, negam que tenham recebido qualquer aviso por carta.
Segundo as lideranças da Vila Residencial, as manifestações não irão cessar enquanto não houver diálogo entre os moradores e a Eletronorte.
Carina Sampaio