O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) revelou nesta terça-feira (12) o plano de construção de 100 novos institutos federais de educação, ciência e tecnologia em todo o país. Sua visão é alcançar a impressionante marca de 1.000 institutos até o término de seu mandato, em 2026. Esta iniciativa abrange todos os estados brasileiros e resultará em 140 mil novas vagas, a maioria oferecendo cursos técnicos integrados ao ensino médio. Com essa ação, o país passará a contar com um total de 782 unidades, incluindo 702 campi de institutos federais.
O anúncio ocorreu durante um evento no Palácio do Planalto, com a presença do ministro da Educação, Camilo Santana, do vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, e do senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB-PB), vice-presidente do Senado, entre outras autoridades.
Lula destacou: "Estamos perto, e eu não vejo razão para não almejar a marca de 1.000 institutos técnicos". Com estas adições, o país terá mais de 700 institutos no total. Os institutos federais oferecem uma gama de educação, desde cursos técnicos até graduação e pós-graduação, com foco especial nos alunos de baixa renda. Atualmente, há 1,4 milhão de alunos matriculados nestas instituições.
O presidente também rebateu críticas sobre os gastos do governo, ressaltando a importância do investimento na educação como o mais crucial para o desenvolvimento do país. O investimento totalizará R$ 3,9 bilhões em obras através do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), com R$ 2,5 bilhões destinados à criação de novos campi e R$ 1,4 bilhão para melhorias nas unidades existentes, incluindo a construção de refeitórios, ginásios, bibliotecas, salas de aula e aquisição de equipamentos.
Além disso, Lula destacou o programa Pé-de-meia, iniciativa do Ministério da Educação para incentivar a permanência de alunos na rede pública de ensino, oferecendo uma bolsa vinculada à conclusão do ensino médio.
A expansão da rede federal priorizará o Nordeste, que receberá o maior número de novos institutos federais nesta fase, com 38 campi previstos para os nove estados da região. Em seguida, vem o Sudeste, com 27 novos campi, seguido pelo Sul (13), Norte (12) e Centro-Oeste (10).
São Paulo é o estado com o maior número de municípios beneficiados, com 12 cidades incluídas no programa, seguido por Minas Gerais e Bahia, com oito cada. Esta expansão, segundo o Palácio do Planalto, visa a aumentar a oferta de vagas na educação profissional e tecnológica, criando oportunidades para jovens e adultos, especialmente os mais vulneráveis. A construção de novos campi também impactará positivamente o setor da construção civil, gerando emprego e renda, além de promover o desenvolvimento local e regional.
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