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Caso Sensível

Autoridades investigam possível abuso sexual em Escola Infantil de Marabá

Família clama por respostas: Criança de cinco anos pode ter sofrido abuso em Instituição de Educação Infantil de Marabá. O caso está sendo investigado.

Publicado em 07/05/2024 às 14:26

Familiares protestaram na porta do NEI e a PM apareceu no local (Foto: Evangelista Rocha)

Mãe e avó de uma criança de cinco anos expressam indignação em relação a possíveis abusos ocorridos no Núcleo de Educação Infantil (NEI) Arco-Íris, localizado na Av. 5 de Abril, na Marabá Pioneira. As duas mulheres acusam o educandário de negligenciar a segurança da criança e exigem uma investigação rigorosa sobre o incidente. Em um ato de protesto na tarde de segunda-feira (6), elas se posicionaram em frente à creche, clamando por justiça e pedindo apoio dos vizinhos, outros pais e funcionários da instituição mantida pelo município.

Embora a reportagem do Correio de Carajás tenha obtido os relatos das duas mulheres, não é possível divulgar suas identidades ou imagens, pois isso poderia expor a criança envolvida, o que é estritamente proibido.

Segundo a mãe, ela estava no trabalho na quinta-feira, dia 2 de maio, quando recebeu uma ligação de uma professora do NEI por volta das 16 horas, informando que sua filha havia sofrido um acidente no banheiro, resultando em sangramento devido a uma queda no vaso sanitário.

A mãe solicitou à babá que fosse até a creche verificar a situação. No entanto, ela ficou alarmada quando não lhe permitiram acesso ao banheiro onde o incidente ocorreu. Quando a criança chegou em casa com a babá, a mãe percebeu que a calcinha da criança havia sido lavada e ainda estava úmida.

A babá, convencida de que algo grave havia acontecido, alertou a mãe, que imediatamente levou a criança ao Hospital Municipal de Marabá. Lá, os médicos constataram uma laceração no hímen da criança, indicando possíveis sinais de abuso sexual. No entanto, apesar do relato da mãe e das evidências médicas, a presença da delegada de polícia no hospital não ocorreu, causando frustração à família.

Nos dias seguintes, a mãe sentiu que o assunto foi negligenciado e que nenhuma providência foi tomada pelas autoridades competentes ou pela própria creche. Diante disso, ela decidiu protestar para alertar outros pais sobre a gravidade do ocorrido.

Uma funcionária do NEI, falando informalmente à imprensa, negou a possibilidade de abuso, enfatizando que não há homens na equipe, o que tornaria improvável tal ocorrência. Ela reiterou que o incidente relatado à mãe foi um acidente, conforme informado na época.

O Correio de Carajás foi informado nesta terça-feira (7) de que o exame sexológico, cujo resultado ainda está pendente, será crucial para determinar se houve ou não abuso. Até o momento, não foram identificados suspeitos.


O Superintendente Regional da Polícia Civil, delegado Vinicius Cardoso, afirmou que a mãe foi ouvida e a criança encaminhada para uma escuta especializada, acompanhada por um psicólogo. Exames periciais forenses foram solicitados para confirmar ou refutar a suspeita de abuso sexual.

Segundo ele, ainda não há suspeitos identificados, e o caso está sendo investigado pela Delegacia de Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEACA). Todos os envolvidos, incluindo familiares da criança, profissionais da escola e qualquer pessoa que tenha entrado em contato com a criança durante o incidente, serão interrogados como parte da investigação.

Vinicius enfatizou a importância dos resultados dos exames periciais para determinar se houve de fato abuso sexual. "Sem um laudo pericial conclusivo, é prematuro afirmar a ocorrência de abuso ou não", destacou.



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