De acordo com dados do Google Trends, que monitora as principais buscas da plataforma, o Brasil é o segundo país que mais pesquisa sobre o transtorno da ansiedade. Atrás somente da Ucrânia, que realiza mais que o triplo das pesquisas, o brasileiro se mantém nessa posição do ranking quando pesquisado nos últimos 12 meses.
O termo ansiedade é derivado do anseio, do medo e da preocupação, muitas vezes em forma de reações mentais à tristezas que muitas vezes não são vividas. “A ansiedade pode ser mental em tempos de antecipação de sofrimento e preocupações excessivas, mas muitas vezes, ela é manifestada também no corpo através de palpitações, alterações do trato gastrointestinal, sudorese excessiva, taquicardia e problemas de sono. Muitas vezes a pessoa ansiosa também tem sintomas depressivos”, explica Carolina Hanna, médica psiquiatra do Hospital Sírio-Libanês.
De acordo com a plataforma, os assuntos relacionados ao transtorno que se destacam nas pesquisas são: sintoma, transtorno de ansiedade, depressão, ataque de pânico e doença. Além disso, vale mencionar que a busca sobre a sensação está em ascensão, com aumento de mais de 110% das buscas em um ano. Já as pesquisas por “transtorno de ansiedade de separação” cresceu mais de 400% no período selecionado.
A Ucrânia lidera a lista e muito se dá por conta da guerra que ocorre no país desde 2022. Embora seja difícil de prever quando, as negociações por um cessar-fogo entre Ucrânia e Rússia podem avançar no ano que vem. O cenário de guerra é rodeado por incertezas e ameaças a vida e a ansiedade se insere nesse contexto. “A possibilidade de você presenciar mortes, se sentir ameaçado, sentir que seus entes queridos estão ameaçados é um conflito que ameaça a própria existência, então o medo faz parte e ansiedade também claro”, comenta a doutora Carolina.
Dois em cada três estudantes universitários brasileiros (65%) afirmam sentir ansiedade diariamente, segundo uma pesquisa global realizada pela Chegg.org. A porcentagem é a segunda maior dentre os países participantes, ficando atrás apenas dos Estados Unidos (68%). Importante ressaltar que o diagnóstico desse transtorno é sempre feito de maneira clínica por um psicólogo ou psiquiatra.
“Dependendo do caso a pessoa vai ser tratada com psicofarmacologia, mas se é uma síndrome clínica com prejuízo significativo na qualidade de vida em geral, a medicação é indicada”, compartilha a psiquiatra Carolina, que assegura que os remédios são muito mais seguros hoje em dia, do que há 40 anos.
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