Seriedade, com verdade, com respeito e, principalmente, com empatia são palavras chave para o termo responsabilidade afetiva.
Empatia é a capacidade de se colocar no lugar do outro, é sentir a dor, compreender a dificuldade e se solidarizar, antes mesmo que tudo isso te impacte de alguma maneira.
Ter empatia é se importar, verdadeiramente.
Você presta atenção nas pessoas que estão a sua volta? Repara no que elas sentem? Se atenta ao que elas demonstram? Em algum momento ou relação, você já colocou o sentir do outro acima do seu? Ou, deixou de lado algum “birrinha” e agiu de forma madura, cautelosa e transparente? Cuidar e respeitar é ter afeto nos gestos.
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas". (O Pequeno Príncipe)
Em época de relações líquidas, de Tinders, Happns, OkCupids, matchs e likes, as pessoas tem se tornado um pouco mais egoístas. Porque, afinal, é bem mais fácil lidar apenas com os nossos próprios sentimentos e ser egoísta, às vezes, é uma questão de “sobrevivência”. Priorizar a si mesmo e dar valor às nossas escolhas é algo fundamental.
Mas, precisamos nos lembrar de algo importante e igualmente fundamental: sentimentos não são matchs, que podem ser desfeitos através de um único clique.
É preciso sempre que as intenções e os sentimentos sejam deixados as claras. Isso é ser responsável com você e com o outro. Isso é ter responsabilidade afetiva.
Está pronto para algo sério? Está apenas querendo curtir? Existe a possibilidade de se apaixonar? Ou são apenas beijos e nada mais?
Fale, digite, desenhe, cante, escreva, se expresse! E, não diga coisas que não sente, verdadeiramente. Toda e qualquer pessoa que permitimos que entre em nossas vidas, merece ter seus sentimentos tratados com seriedade e respeito.
Fazer “joguinhos de interesse”, iludir, nutrir expectativas e sentimentos sem, de fato sentir isso, é algo muito cruel de fazer com o outro e horrível quando é feito com a gente, certo? Olha aí a empatia aparecendo novamente.
E a responsabilidade afetiva não serve apenas para relações amorosas.
Esse cuidado de falar respeitosamente, de colocar para fora o sentir, pode e deve ser aplicado em todas as relações. Sejam elas afetivas, profissionais ou familiares.
Se chateou? Diga. Te entristeceu? Fale. Deseja algo? Deixe isso claro. Não quer mais? Avise.
Praticar a responsabilidade afetiva é mais simples do que se imagina e um exercícios que nos ajudar a trabalhar isso, é pensar: “se fosse comigo, o que eu gostaria que fosse feito/dito”?
Sendo assim, ser transparente e verdadeiro é ser responsável. A terapia, como ferramenta de autoconhecimento, pode te ajudar a entender as melhores maneiras de se relacionar com o outro, sem que isso seja devastador e torne-se apenas: engrandecedor!