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Abril Azul

Alepa tem programação especial sobre o Dia Mundial do Autismo

Durante a Sessão, cerca de 100 pessoas e instituições que atuam na defesa dos direitos das pessoas com TEA foram homenageadas.

Publicado em 02/04/2024 às 16:00
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(Foto: Celso Lobo (AID/Alepa))

Uma em cada 36 crianças de até 8 anos foram diagnosticadas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) em 2020. O número foi revelado no último levantamento feito pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), agência norte-americana referência mundial para aferição de autismo. Como forma de sensibilizar a população brasileira sobre o crescimento progressivo dos diagnósticos, foi criada uma campanha de conscientização sobre o TEA, o Abril Azul, que teve uma programação especial na Assembleia Legislativa do Pará nesta segunda-feira (1º).

Realizada no auditório João Batista, a Sessão Especial marcou o Dia Mundial do Autismo, comemorado no dia 2 de abril. A data foi definida pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 2008. A sessão foi solicitada pelo deputado Fábio Freitas com o objetivo de proporcionar um espaço de discussão e debate acerca dos desafios cotidianos enfrentados pelas pessoas com TEA e suas famílias.


Crédito: Celso Lobo (AID/ALEPA)

“As pessoas que lutam por essa causa tão nobre no nosso Pará estão de parabéns”, afirmou o deputado, na abertura da Sessão. “O Dia Mundial do Autismo é uma data importante para a promoção de políticas públicas voltadas para quem tem TEA. Todos nós devemos compreender que autismo não é uma restrição ou uma deficiência, é uma condição de diversidade que deve ser respeitada. Nossos meninos e meninas que têm TEA têm superpoderes e tenho trabalhado para levar essa conscientização por onde ando no estado”, destacou Fábio Freitas.


Crédito: Celso Lobo (AID/ALEPA)

Alana Trzeciak, representante da Associação TEAs do Xingu, detalhou o trabalho realizado em 10 municípios da região, e cobrou dos gestores públicos a descentralização de serviços para atender crianças com a condição. “Precisamos da implantação de centros de atendimento de TEAS nos dez municípios do Xingu e no Pará todo, e a melhoria na qualidade de ensino para essas crianças no interior do estado”, diz Alana. “Tem palavras que machucam e doem, mas não devemos ouvir. Temos que focar nas pessoas com o transtorno que precisam de inclusão e dignidade”, avaliou.

A procuradora municipal Bárbara Cosi deu um depoimento inspirador. Diagnosticada com TEA aos 30 anos, ela lembra que na infância sempre foi considerada estranha, diferente, mas na época não havia informação sobre o autismo e diagnósticos eram difíceis. “Fico feliz em ver tantas mães nessa luta. Sou uma gota de água no oceano da inclusão, mas não sou nada comparada a essas mães que se dedicam, como a minha mãe fez, a dar condições para as crianças – seus filhos – desenvolverem seu potencial e torná-las pessoas funcionais”, afirmou.


Crédito: Celso Lobo (AID/ALEPA)

O deputado Fábio Figueiras se emocionou ao falar da filha, que tem o transtorno do espectro autista leve, nível 1. "Foi difícil aceitar o diagnóstico, como acontece com qualquer família. Por isso, precisamos trabalhar para garantir uma vida melhor para essas crianças. Mas o avanço não é físico ou estrutural, é na cabeça das pessoas, para que sejam mais conscientes e não julguem ou discriminem”, alertou o deputado.

O parlamentar destacou que a Alepa tem mais de 20 Projetos de Lei apresentados e aprovados que trouxeram avanços significativos na área da saúde, principalmente, mas é preciso avançar na educação. “Tem a questão dos assistentes dos professores, tão necessários. Mas não é possível colocar em sala de aula qualquer pessoa, sem qualificação para atender essas crianças. Não existe inclusão se não houver como incluir, não basta só matricular as crianças com TEA nas escolas, sem as condições necessárias”, avaliou.

A coordenadora de Políticas para TEAs no Pará, Nayara Barbalho, ressaltou a importância de reconhecer e incentivar o trabalho da sociedade civil organizada na conscientização sobre o autismo e na luta pelos direitos das crianças com o transtorno. “Se não fossem vocês, familiares e amigos que trabalham arduamente, não conseguiríamos avançar mais em todo o nosso estado, nos municípios do interior, com os serviços que precisamos garantir a essa população”, avaliou.


Crédito: Celso Lobo (AID/ALEPA)

Durante a Sessão, cerca de 100 pessoas e instituições que atuam na defesa dos direitos das pessoas com TEA foram homenageadas com certificados de reconhecimento do mérito.




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